Povo


























É sempre a mesma história repetida
É sempre o mesmo lodo e a mesma fome
É sempre a mesma vida mal vivida
De quem amassou o pão mas não come.

É sempre a mesma angústia desgrenhada
De quem naufraga em terra olhando o mar
O rubro desespero, a voz magoada
E o sonho bom desfeito ao acordar.

É sempre esse horizonte de fuligem
É sempre esse arranhar em duro chão
Com fúria até ao centro da vertigem
Em busca da raiz da salvação


Aguinaldo Fonseca
1 Response
  1. Unknown Says:

    Querido amigo... Há quanto tempo!!!
    Hoje, ao fim, retorno. Estive de mudança de casa, milhoes de coisas para arrumar, e para completar, mais de um mês sem internet e depois, uns quantos dias com a conexao sem funcionar bem... mas felizmente cá estou outra vez, para ler-te, saber de ti, e dar notícias de mim também.
    Beijos, flores e muitos sorrisos para ti!