Uma vez, enchi a minha mão de bruma



















Foto de Peter Essick





Uma vez, enchi a minha mão de bruma
Uma vez, enchi a minha mão de bruma.
Quando a abri, a bruma era uma larva.
Voltei a fechar a mão, e então era um pássaro.
E fechei a abri novamente a mão,
e na sua palma encontrava-se um homem
de rosto triste, virado para o céu.
Mais uma vez fechei a mão,
e quando a abri já só havia bruma.
Mas escutei uma canção de uma doçura extrema.



Kahlil Gibran
1 Response
  1. mfc Says:

    Que lindos... poema e foto!