os mortos não dormem
























Os mortos não dormem são quissanjes
de profundos teclados em repouso
Atravessam levemente o rio
da eternidade e a sua voz levita e é o maximbombo
de um certo munhungo extraterrestre
Discam os signos da noite
nas grandes mansões em que sonhamos
Os mortos não dormem caminham
connosco vivendo a vida que esquecemos


José Luís Mendonça