Duas idades iguais
segunda-feira, junho 16, 2008
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXyIdPnSTQRcq5u-mSMhVPLYfNt55Z_GKxlml2Falf3rpHw9tLr2XaKMU1uPE4M3E0ebtadi1pUWNzgrfhtWRmvXnW-74rggZ5Y03o2AbLFPmpPfw2pflz7W4jLY99STrpnFANSg/s320/boy-crying.jpg)
Uma criança chora na rua
Andou a brincar com outras crianças
Subiu árvores
Sujou a camisa de caju
Agora não sabe onde deixou
O seu carrinho de papelão
Chora e procura o seu carrinho de papelão
Foi um velhinho já todo curvado
Viu a guita do automóvel
Pegou nele a sorrir
Brincou e levou contente como uma criança
Toda a gente viu
Mas ninguém disse nada
O velhinho reencontrou o seu mundo puro de ingenuidades
As suas mãos tornaram-se pequeninas e saudosas
Uma criança chora na rua
Um velho brinca distante
Com um brinquedo de papelão.
Tomás Vieira da Cruz