Sobressalto
segunda-feira, dezembro 29, 2008
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWf3mv9vvEpqI-7RF6mrtu-CqrZKRUtpK-qHbqa5zpLdlQvljIG13hwudzFARdvXSbZObCwmb7b7D8EUDLS6I6jahH3HYXSyvdJrP0kg6kFzh9hgHiINthMETKbfr16_7Ei_wNxQ/s320/Desconhecido.jpg)
Amor,
as luas mortas
caíram no segredo deste amor;
fujamos pela praia
embarquemos no vento!
As luas mortas
são mundos apodrecidos ...
O nosso amor balbucia
cantigas da era nova
e nas mãos
temos o húmus adubado e quente
para o jardim redolente
para a seara de pão
para a seara de amor...
Nada nos serve fugir
pior que fantasmas
são os miasmas
dos mundos apodrecidos...
Amor,
nos vales ermos, esquecidos
de toda a flor,
de todo o riso,
do amor ao amor,
das madrugadas e dos pássaros,
(fechadas todas as portas
ao susto e à escuridão,
com um beijo verde de esperança
cantando no coração)
Amor,
enterremos as luas mortas...
Lília da Fonseca
Gostei do desfecho que om poema tomou.. e nos perguntamos: O que seriam as luas mortas?
Beijos.