Winds of Change
sábado, setembro 05, 2009
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjIOI_0zSvC4hXZgX-uJhToSuRk-b7zCh93ydgj4kWOMjuEdHudd6ni4l-_fJjEfMT0feY85s74I1VdUeWERNiLwgHlf7zIlWebxqU_5xZQsNMfYh0z8Uwm5uRjnjY3tIkgpJuq/s320/2210266.jpg)
Foto daqui
Ninguém se apercebe de nada.
Brilha um sol violento como a loucura
e estalam gargalhadas na brancura
violeta do passeio.
É África garrida dos postais,
o fato de linho, o calor obsidiante
e a cerveja bem gelada.
Passam. Passam
e tornam a passar.
Estridem mais gargalhadas,
abrindo uma sobre as outras
como círculos concêntricos.
Os moleques algaraviam, folclóricos,
pelas sombras das esquinas
e no escuro dos portais
adolescentes namoram de mãos dadas.
De facto como é mansa e boa
a Polana
nas suas ruas, túneis de frescura
atapetados de veludo vermelho.
Tudo joga tão certo, tudo está
tão bem
como num filme tecnicolorido.
Passam. Passam
e tornam a passar.
Ninguém se apercebe de nada.
Rui Knopfli