Maternidade
terça-feira, setembro 22, 2009
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Dentro de mim,
é que trago
a voz que se não cala,
e a força
que não mais se apaga...
Dentro de mim
é que o caudal-anseio alaga,
e correndo
há-de ir, de mar em mar,
levar
ao fim da terra,
um sinal de infinito...
Dentro de mim,
do meu sangue nutrida,
e sustentada,
é que a voz não é soluço
mas grito!
Dentro de mim,
eco de paz ou de alerta,
dentro de mim,
é que a eternidade é certa!...
Alda Lara
Lisboa, Fevereiro de 1959