sábado, setembro 17, 2011
Cacusso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiC1PtONJyNfcZnl6hQz2dJNX5U0Ev5HyUE03ud_asIphJuCLxXTj4bkfkUZyCLq86lmailtQI-9lbuyGp0wyznOfXP_As9PtECEXLDcCzMWQyO-D_6CfVXXojGrvfZR9laq1M5/s320/Barco.jpg)
Vai barco!
Leva contigo minha solidão.
Sozinha estou.
Abandonaram-me a paz, a harmonia, a vontade de ser.
Deixaram-me aqui a padecer de sonhos e esperanças.
Esperanças que alimentam sonhos...
Sonhos que me ajudam a viver.
Vai barco!
Leva contigo minha tristeza.
A tristeza é feia e eu tenho medo.
Medo de não voltar a ser feliz como um dia fui.
Medo de me acostumar à mesmice do cotidiano.
Medo de não voltar a ver meu sorriso...
Sorriso que já não flui.
Vai barco!
Leva contigo minha amargura.
A amargura dói e faz doer.
Quero de volta minha alegria.
Alegria às vezes sinto por amar e saber-me amada;
Mas com medo de fazer sofrer.
Vem barco!
E traz contigo tudo o que perdi.
Enche-me de esperanças,
Que alimentam meus sonhos,
Que espantam essa tristeza,
Que me devolvem o sorriso,
Que expulsam a amargura,
Que me refazem de alegrias,
Que me permitem amar e querer viver.
Foto e poema de
Carmem L Vilanova
quarta-feira, setembro 14, 2011
Cacusso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEicZQbyGXtwuXCT0bQuAUG1y60wAiiB-jay5CWMK9Bo5xTfAssIm4yhSCQ4jla4DM82DZqbAimzJohmLrvc1MFmGqhUg48_MY5Ta8nTagQL189L4Wu1aCMzGXVjcCZVqoknEX0_/s320/redemption-1.jpg)
Contar-te longamente as perigosas
coisas do mar. Contar-te o amor ardente
e as ilhas que só há no verbo amar.
Contar-te longamente longamente.
Amor ardente. Amor ardente. E mar.
Contar-te longamente as misteriosas
maravilhas do verbo navegar.
E mar. Amar: as coisas perigosas.
Contar-te longamente que já foi
num tempo doce coisa amar. E mar.
Contar-te longamente como doi
desembarcar nas ilhas misteriosas.
Contar-te o mar ardente e o verbo amar.
E longamente as coisas perigosas.
Manuel Alegre
sexta-feira, setembro 09, 2011
Cacusso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8aRp1sCa_SCFF8dskFlHR8tWBm1YxZhYv52EeHQkM7oX8GRHRa6WENCdSvsyHooAdHlTxGzE9SmWTxt_ybIzp0_e_NmzL1RHyjcLH3xfLJjOE_S4RRpOZHR4JBzJBXen1b6tS/s320/3167622.jpg)
A mão ía para as costas da madrugada
As mulheres estendiam as janelas da alegria
onde não se apagavem as alegrias
Entre os dentes do mar acendiam-se braços
Os dias namoravam sob a barca do espelho
Havia uma chuva de barcos enquanto o dia tossia
E da chuva de barcos chegavam colchões,
camas, cadeiras, manadas de estradas perdidas
onde cantavam soldados de capacetes
para pintar no coração da meia-noite
Eram os barcos que guardavam as muralhas
da noite que a mão ouvia nas costas
da madrugada entre os dentes do mar...
João Maimona
quarta-feira, setembro 07, 2011
Cacusso
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCgFeWPfw3MMt9Fe-NSa_HgUKLhppvcIi9UorJs5ULSnKwqFX2AxRo-x0WQPHi-77KWqMbmSDirycofky7TuYTu6xZMhW6vSrADB2DCF2EF-iNLuBIhtcSi60aG9-qSzvLkkO4/s320/via-lactea.jpg)
Pode ser que um dia deixemos de nos falar...
Mas, enquanto houver amizade,
Faremos as pazes de novo.
Pode ser que um dia o tempo passe...
Mas, se a amizade permanecer,
Um de outro se há-de lembrar.
Pode ser que um dia nos afastemos...
Mas, se formos amigos de verdade,
A amizade nos reaproximará.
Pode ser que um dia não mais existamos...
Mas, se ainda sobrar amizade,
Nasceremos de novo, um para o outro.
Pode ser que um dia tudo acabe...
Mas, com a amizade construiremos tudo novamente,
Cada vez de forma diferente.
Sendo único e inesquecível cada momento
Que juntos viveremos e nos lembraremos para sempre.
Há duas formas para viver a sua vida:
Uma é acreditar que não existe milagre.
A outra é acreditar que todas as coisas são um milagre.
Albert Einstein
sábado, setembro 03, 2011
Cacusso
|