Recordando
domingo, maio 16, 2010
Ontem me pediste de forma dócil para jamais te falar.
Hoje
Me pedes com riso nos lábios para te olvidar.
Que me pedirás quando o sol estiver a fazer Kassuada?
Amanhã já vazio e só serei eu capaz de falar ao mundo
Que afinal nunca estive presente
Fui a mais singela ficção numa curta história
E a minha existência foi uma descabida imaginação?
Garcia Bires
Bonito poema, sempre actual.
As mulheres são muito diferentes dos homens, são misteriosas. Raramente percebemos como pensam, que percurso seguem para chegar ao mesmo sítio.
Bela metáfora, a do "sol fazer kassuada".
Kassuada[troça], um termo usado no léxico transmontano e que com prazer fui buscar ao recônditos da minha memória.
Bom Domingo