O caminho das estrelas




















Seguindo
o caminho das estrelas
pela curva ágil do pescoço da gazela
sobre a onda sobre a nuvem
com as asas primaveris da amizade

Simples nota musical
Indispensável átomo da harmonia
partícula
germe
cor
na combinação múltipla do humano

Preciso e inevitável
como o inevitável passado escrevo
através das consciências
como o presente

Não abstracto
incolor
entre ideias sem cor
sem ritmo
entre as arritmias do irreal
inodoro
entre as selvas desaromatizadas
de troncos sem raiz

Mas concreto
vestido do verde
do cheiro novo das florestas depois da chuva

da seiva do raio do trovão
as mãos amparando a germinação do riso
sobre os campos da esperança

A liberdade nos olhos
o som nos ouvidos,
das mãos ávidas sobre a pele do tambor
num acelerado e claro ritmo
de Zaires Calaáris montanhas luz
vermelha de fogueiras infinitas nos capinzais
violentados
harmonia espiritual de vozes tam-tam
num ritmo claro de África

Assim
o caminho das estrelas
pela curva ágil do pescoço da gazela
para a harmonia do mundo.




Agostinho Neto

Cajueiro plantado no cérebro

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- Oh, velho, disforme, cambuta, retorcido, feio-
-maravilhoso cajueiro da minha infância!
Vem de longe estender tua sombra amiga
Sobre meu corpo longo de suor e desespero...
Traz-me a carícia de tuas folhas-
-paraus de piratas nas lagoas da chuva
(Estou longe, quero regressar à minha terra...)
O suave aroma de teus ramos de pele encarquilhada, resinando,
Os esconderijos de teus braços nos cigarros proibidos.

Vem de longe, desse fundo sem eco da distância,
E traz-me a doce fragrância de um só caju maduro
Marcado com meu nome e data
E que os outros não descobriram...

Oferece-me a última vez que seja na vida
Teus ramos tenros para marinhar
Acrobacias impossíveis:
- Énu mal'ê! Énu mal'ê



António Cardoso
In Chão de exílio

With love from Israel



















Encontrado aqui e publicado aqui


É difícil encontrar adjectivação adequada...
Uma verdadeira monstruosidade!

Conversa transcendental

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Ontem à noite, eu e minha esposa estávamos sentados no sofá da sala conversando sobre muitas coisas da vida.

Falávamos sobre viver ou morrer, quando eu lhe disse:

- Querida, nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo de uma máquina e de líquidos de uma garrafa. Se me vir nesse estado, desligue os aparelhos que me mantêm vivo.

Ela se levantou, desligou a televisão e jogou fora a minha cerveja!


(via e-mail)
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Sim em qualquer poema

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Apetece-me escrever um poema.

Um poema fechado dentro de si
para ser compreendido
apenas
pelos passarinhos que chilreiam lá fora
sobre as três árvores
da minha única paisagem;
para ser entendido
pela canção da seiva
circulante no verde das ervas
do caminho áspero da encosta;
e pelo brilho do Sol
e pelo caráter íntegro dos homens.

Um poema que não sejam letras
mas sangue vivo
em artérias pulsáteis dum universo matemático
e sejam astros cintilantes
para calmas noites
de invernos chuvosos e frios
e seja lume para acolher gazelas
que pastam inseguras
nos aolhedores campos da imensa vida;
amizade para corações odientos
motor impelindo o impossível
para a realidade das horas;
cântico harmonioso para formosura dos homens.

Um poema
(ah! quem comparou a África a uma interrogação cujo ponto é Madagascar?)
Um poema solução
resolvendo a curva interrogativa da imagem
em linha reta da afirmação;
e a beleza das florestas virgens,
a precisão da engrenagem da existênicia
o som fantástico do trovejar sobre pedras,
os cataclismos fluviais
pendentes sobre as frágeis canoas do rio Zaire,
o claro arrebol dos olhos dos homens.

Um poema traçado sobre aço
escrito com as flores da terra
e com os braços esguios da podridão;
esculpido no amor
que exala a esperança daquele meu amigo
a esta hora com a tanga ensopada
no suor do seu dorso;
com as canções adocicadas do quissange ao luar;
e as gargalhadas infantis para a minha amada;
com o calor simpático
do corpo sangrento dos homens.

Um poema fechado
- longo e imperceptível
em que amor e ódio entrelaçados
sejam a síntese da discordância
para ser cantado em todas as línguas
guiado pelo som da marimba e do piano;
ritmo de batuque enxertado sobre as valsas
de outra mocidade;
harmonia de xinguilamentos
sobre o bárbaro matraquear da máquina de escrever,
grito aflito no vácuo
debatendo-se para encontrar vibração de matéria
e a aspiração dos homens.

Mas não escreverei o poema

Em que subterrâneos circularia
o ar irrespirável da violência?
Nas cavernas dos teus pulmões
ó caften das vielas sórdidas
do conformismo?
Ou na avidez dos quilômetros intestinos
dos chacais?
Ou nas cavidades prostituídas do coração
infame do esclavagismo?
Ou nas goelas
da desonestidade inconsciente?

Não escreverei o poema.

Escreverei cartas à minha amada
preencherei os espaços claros dos impressos
com letra impecável
e nos intervalos
cantarei canções afro-brasileiras.
Sonharei.
Sonharei com os olhos do amor
encarnados nas tuas maravilhosas mãos
de suavidade e ternura.

Sonharei com aqueles dias de que falavas
quando te referiste à Primavera.

Sonharei contigo.
E com o prazer de beber gotas de orvalho
na relva
deitado ao teu lado
ao Sol, - uma praia furiosa lá ao longe.
E ficará dentro de mim
a amargura de não escrever o poema.
Nele há tantas amarguras!

Não escreverei o poema.

Direi simplesmente
que o colosso de certeza na humanidade do Universo
é inapagável
como o brilho das estrelas
como o amor dos teus olhos
como a força da harmonia dos braços
como a esperança nos corações dos homens.
Inapagável
como a sensual beleza
da agilidade das feras sobre o campo
e o terror transmitido dos abismos.

Direi simplesmente
Sim!
Sempre sim
à honestidade dos homens
ao viço juvenil da sinfonia das árvores
ao odor inesquecível da natureza
que apaga os possíveis cheiros amargos.

Sim!
à interrogação mágica de Talamugongo
do Cunene ao Maiombe;
ao sonoro cântico do ritmo subterrâneo
e dos chamamentos telúricos;
aos tambores
apelando para o fio da ancestralidade
esbatido além;
ao ponto interrogativo de Madagascar.

Sim!
às solicitações místicas à musculatura dos membros
ao quente das fogueiras endeusadas
na lenha das sanzalas;
às expressões magníficas das faces
esculpidas no alegre sofrimento das quitandeiras
e no ritmo febril das sensações tropicais;
à identidade
com a filosofia do imbondeiro
ou com a condição dos homens,
ali onde o capim os afoga em confusão.
Sim!
à África terra, à África-humana.

Direi sim
em qualquer poema.

E esperamos que a chuva pare
e deixe de molhar os chilreantes passarinhos
sobre as três árvores da minha única paisagem
e o desejo de escrever um poema.
Isso passa.




Agostinho Neto

Era fácil





















Era fácil sair de mim
e colher o prazer.

Mas conto os dias,
as horas,
os segundos
nem sei para quê.

Acredito, não sei porquê,
que esta angústia,
esta dor,
esta ferida,
se esvai,
se adoça,
se cura.

Que este sentir não dura.

Mas os dias passam,
a angústia aperta,
a dor cresce,
a ferida afunda
e tudo à minha volta
sucumbe cinzento,
sem um alento,
no meu desvario
que me preenche,
me inunda.



Helena Guimarães

Reino submarino

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Vinde acordar
as grossas velas da água grande!
Vinde aprender
os nomes de Uanéteze, Mazimechopes,
Massintonto e Sábiè.
Vinde aprender a música latejante
das ignoradas veias que mergulham
no vasto, coleante corpo do Incomáti,
o nome melodioso dos rios
da minha terra,
a estranha beleza das suas histórias
e das suas gentes altivas sofrendo
e lutando nas margens do pão e da fome.
Vinde escutar,
entender o ritmo gigante do Zambeze,
colosso sonolento da planura,
traiçoeiro no bote como o jacaré,
acordando da profundeza epidérmica do sono
para galgar os matos
como cem mil búfalos estrondeantes
de verde espuma demoníaca
espalhando o imenso rosto líquido da morte.
Vede as margens barrentas, carnudas
do Púngoè, a tristeza doce do Umbelúzi
à hora do anoitecer. Ouvi então o Lúrio,
cujo nome evoca o lírio europeu,
e que é lírico em seu manso murmúrio.
Ou o Rovuma acordando exóticas
lembranças de velhos, coloniais
navios de roda revolvendo águas pardacentas,
rolando memórias islâmicas de tráfico e escravatura.

Ah, ouvidos e olhos cansados de desolação
e de europas sem mistério
provai a incógnita saborosa
deste fruto verde,
destes espaços frondosos ou abertos,
destes rios diferentes de nomes diferentes,
rios antigos de África nova,
correndo em seu ventre ubérrimo
e luxuriante.
Rios, selva, sangue ebuliente,
veias, artérias vivificadas
dessa virgem morena e impaciente,
minha terra, nossa Mãe!




Rui Knopfli

Medite-se!

CPLP 10 anos





















Dificilmente o espírito da CPLP estará nos palácios, nas ruas engalanadas e súbitamente limpas, nos centros de congressos ou nos hoteis onde os profissionais da política falam, sem chama e por isso inglóriamente da organização.

O espírito real da CPLP passou hoje por Quelele, pela Mafalala, esteve em Água Izé, no Palmarejo, no Cazenga, em Jacarepaguá, em Comoro e, seguramente na Amadora!

Um pastor árabe procura um cabrito no monte Sião






















Um pastor árabe procura um cabrito no Monte Sião,
E no monte em frente eu procuro por meu filho pequeno.
Um pastor árabe e um pai judeu
Ambos no seu temporário fracasso.
Nossas vozes se encontram sobre
A piscina do Sultão, no vale entre nós.
Nenhum de nós quer que o filho e o cabrito
Entrem no terrível processo
Da música da Páscoa "Um Cabrito".

Depois achámo-los entre os arbustos,
E nossas vozes retornaram a nós
E choraram e riram por dentro.

As buscas de um cabrito ou de um filho
Foram sempre
Começo de uma nova religião nestes montes.



Yehuda Amichai

Mamá Muxima

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Na Polónia florida e na terra dos Bascos
Na terra dos Teutões e na Tíndari dos Sículos,
Na Suíça polida e na Itália gentil,
Em muita outra parte, é pura verdade
Que é como preta que a Virgem veneram.

Bem sei que Murillo o impossível pintou,
E que Velasquez, o divino, de Rafael é rival.
Quem não viu em Madrid, quem não viu em Florença,
Milagres de pintura, assombros de cor?
Mas vê como passa essa turba fastienta
Diante de um retábulo de tanto requinte!
Parece sonâmbula, pensa noutra coisa,
Tem o sorriso frio de gente sabedora:
É gente erudita que leu Kant, conhece Espinosa...
Do que não suspeita, por certo, é que tem
a alma defunta...

Outra coisa é este meu povo, este povo sofredor
Gente do "mato" e do chimbeco em Luanda,
- A Velha Mutudi, a tia Ximinha;
Gente que ri, porque sabe o que é chorar;
Gente que cumprimenta, porque sabe o que é desprezo,
Gente que reza e finge zanga à Senhora.
Mas é certo e seguro, nem posso duvidar
Que tem amor, muito amor consigo esta gente.
Há nela essa fé que o Senhor diz fazedora de milagres.

Entre a Virgem do céu e este povo que sofre
Há funda amizade, há infinda ternura
Por isso eu não me rio, nem estranho sequer
Quando vejo gritar, simular grande zanga
Se tarda o milagre, ó Virgem Senhora!

Elas sabem como tomar-Te, entendem-Te tão bem!
Como roçam as mãos e os rostos também
No Teu manto bendito, bendita Mãe!
Pois é este povo que não estranha
Que sejas branca e também sua Mãe!
Mas sou eu quem Te faz a pergunta:
Porquê és assim?
Preta bem preta, nas terras dos brancos,
Branca bem branca na terra dos pretos!
- Não vês, meu filho, que vos quero lembrar
Que sois todos meus, meus pequeninos?
Assim vos não esqueçais que brancos ou pretos
Tendes a vossa Mãe que também é Morena:
Branca muito branca, na terra dos Pretos,
Preta bem preta, na terra dos Brancos:
O que conta para mim não é a cor,
Basta-me o coração: "Muxima!".




D. Alexandre do Nascimento

Nasceu em Malanje, Angola, em 1925.
Ordenado presbítero em 1952 e bispo em 1975.
Foi bispo de Malanje e de Lubango e, desde 1986, é Arcebispo de Luanda, sendo emérito desde 2001.
Foi feito Cardeal em 1983, na sequência do rapto a que foi sujeito no ano anterior.

I am he



























I am he
that cares too much
and allows this world to penetrate.
I am the man
that loves too deeply,
while others merely perpetrate.
Do you see this man
or the boy inside,
with emotions to great
and plentiful to hide?
They've shorn my hair
and crushed my pride.
Taken my land
and my wife from my side.
A man of honor,
whose spirit remains free
with love to give,
but finding none that need.
So take the hand
of a distant Crow child
and with the Spirit of my fathers,
the wolf will run wild.



Robert Ellis

Later On
























Líbano, imagem daqui




My death will come someday to me
One day in spring, bright and lovely
One winter day, dusty, distant
One empty autumn day, devoid of joy.

My death will come someday to me
One bittersweet day, like all my days
One hollow day like the one past
Shadow of today or of tomorrow.

My eyes tune to half dark always
My cheeks resemble cold, pale marble
Suddenly sleep creeps over me
I become empty of all painful cries.

Slowly my hands slide o’er my notes
Delivered from poetry’s spell,
I recall that once in my hands
I held the flaming blood of poetry.

The earth invites me into its arms,
Folks gather to entomb me there
Perhaps at midnight my lovers
Place above me wreaths of many roses.



Forugh Farrokhzad
In Remembering The Flight
Tradução de Ahmad Karimi-Hakkak

A Guerra
















A hiena uivou toda a noite
o bicho esfomeado uivou toda a noite
as vozes saíram das casas
como o fogo se levanta das cinzas
altas todas juntas no medo
os dentes dos guerreiros
batiam sem parar
os pés das velhas juntaram-se para aquietar a poeira
um companheiro nosso não regressou
o filho único de nossas mães
não vai voltar de pé
é só o seu cheiro que volta agora
e um corpo separado daquilo que era antes
um filho dos nossos não regressou
a hiena uivou toda a noite
a terra ficou dura sob os nossos pés.



Ana Paula Ribeiro Tavares
In Dizes-me Coisas Amargas como os Frutos

Árvores do Alentejo



















Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!


E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!


Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!


Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
-Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!



Florbela Espanca

Quem dança




























"Dance! Our Children", quadro de Lindsay Gardam, retirado daqui



"Quem dança,
Não é quem levanta poeira.

Quem dança
é quem reinventa o chão"


Provérbio Moçambicano

Poema da alienação

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Foto daqui




Não é este ainda o meu poema
o poema da minha alma e do meu sangue
não

Eu ainda não sei nem posso escrever o meu poema o grande poema que sinto já circular em mim

O meu poema anda por aí vadio
no mato ou na cidade
na voz do vento
no marulhar do mar
no Gesto e no Ser

O meu poema anda por aí fora
envolto em panos garridos
vendendo-se
vendendo

“ma limonje ma limonjééé”

O meu poema corre nas ruas
com um quibalo podre à cabeça

oferecendo-se
oferecendo

“carapau sardinha motona
jí ferrera ji ferrerééé”

O meu poema calcorreia ruas
“olha a probíncia” “diááário”
e nenhum jornal traz ainda
o meu poema

O meu poema entra nos cafés
“amanhã anda a roda amanhã anda a roda”
e a roda do meu poema
gira que gira
volta que volta
nunca muda

“amanhã anda a roda
amanhã anda a roda”

O meu poema vem do Musseque
ao Sábado traz a roupa
à Segunda leva a roupa
ao Sábado entrega a roupa e entrega-se
à Segunda entrega-se e leva a roupa

O meu poema está na aflição
da filha da lavadeira
esquiva
no quarto fechado
do patrão nuinho a passear
a fazer apetite a querer violar

O meu poema é quitata
no Musseque à porta caída duma cubata

“remexe remexe
paga dinheiro
vem dormir comigo”

O meu poema joga a bola despreocupado
no grupo onde todo o mundo é criado
e grita

“obeçaite golo golo”

O meu poema é contratado
anda nos cafezais a trabalhar
o contrato é um fardo
que custa a carregar

“managambééé”

O meu poema anda descalço na rua

O meu poema carrega sacos no porto
enche porões
esvazia porões
e arranja força cantando

“tué tué trr
arrimbuim puim puim”

O meu poema vai nas cordas
encontrou cipaio
tinha imposto, o patrão

esqueceu assinar o cartão
vai na estrada
cabelo cortado

“cabeça rapada
galinha assada
ó Zé”

picareta que pesa
chicote que canta

O meu poema anda na praça
trabalha na cozinha
vai à oficina
enche a taberna e a cadeia
é pobre roto e sujo
vive na noite da ignorância
O meu poema nada sabe de si
nem sabe pedir
O meu poema foi feito para se dar
para se entregar
sem nada exigir

Mas o meu poema não é fatalista
o meu poema é um poema que já quer
e já sabe
o meu poema sou eu-branco
montado em mim – preto
a cavalgar pela vida.



António Jacinto

Sonho, lógicamente desfeito, hoje...

Prá frente é que é Berlim!! Vamos a isto!! (ontem...)




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Deveria ter colocado o gaulês...(esse era o desejo de ontem) mas lá tive que «enfiar» a contragosto o tuga!


Bom, mas depois deste despropositado e suspeito (ou talvez não) «mea culpa» de Blatter o recado estava dado ao Sr. Jorge Larrionda.

É óbvio que quem conhece bem os meandros do futebol pode, com toda a propriedade, dizer o que Scolari disse aqui e aqui.

O destino estaria traçado mesmo que, por absoluto milagre, tivessemos ganho á França!
Seria impossível ganhar á Italia!
Não me esqueço o que Carlos Queirós disse em 17/11/1993 após o Italia 1 - Portugal 0 e que vai no mesmo sentido do agora afirmado por Scolari.

O milagre estava em curso mas em futebol... não há milagres!

Mesmo assim, fizeram mais a selecção (e Scolari) pelo nome de Portugal que a esmagadora maioria dos nossos governos dos últimos 20 anos!

Caímos de pé.
Com honra!
Essa é a verdade!

Obrigado.

Parabéns!

PORTUGAL!