Nem botas nem canhões
domingo, outubro 24, 2010
Trago no corpo
as marcas da vida
No coração
Os sonhos abortados
Na pele as chagas do sofrimento
Meus olhos cegaram
De tanta dor enxergarem
Meus ouvidos ensurdeceram
Com o choro da criança faminta
Minha boca se calou
Para não mais clamar minha dor
Mas no âmago do meu ser
Na minha essência mais profunda
Guardei a força do querer
E nem ventos nem marões
Nem botas nem canhões
Nem sórdidas tentações
Minha marcha travarão
Sigo em busca da verdade
Novos sonhos brotarão
Novos mundos se abrirão
Em cada riso de criança acalentada
Colherei um pedaço de vitória
E de riso em riso
De vitória em vitória
Se vai edificando um mundo melhor!
Filomena Embaló
Palavras sentidas em forma de poema.
Gostei.
A Verdade é o caminho, o Bem a acção e o Belo é o Sentimento.
J
Belas palavras...
Belas palavras...
Palavras sofridas: "trago no corpo as marcas da vida...", mas também de esperança: "em cada riso de criança...colherei um pedaço de vitória...".
Um poema muito lindo! Adorei! Parabéns!