Até amanhã, camaradas!
terça-feira, junho 14, 2005
Álvaro Cunhal (1913 - 2005)
Estes momentos costumam ser de unanimidade, falsa piedade e de nacional-porreirismo, não gosto por motivos idênticos nem de uma, nem de outras.
Confesso que não nutro qualquer simpatia por quem, tendo o poder de influenciar ou de mudar, o usa para impôr, em exclusivo, os seus ideais.
Por isso não nutri nunca qualquer simpatia por Álvaro Cunhal, o que não significa que não se dê valor a um adversário.
Os adversários são necessários e a unanimidade não é necessária para nada… Cunhal fez disso a sua luta até 25 de Abril, cedeu á tentação de tentar implementar outra.
Sabia que não era possível, na estratégia da «Guerra Fria» a implantação , por estas bandas, dos seus ideais – Yalta, determinou-o - nem por isso deixou de lutar pelo seu ideal.
Está por fazer, de forma desapaixonada e isenta toda a história do «Verão Quente»…Felizmente, como diz a IO, perdeu para Mário Soares, ganhando a democracia, por imperfeita e inacabada que esteja.
Homenagem ao político tenaz, coerente e corajoso.