Xicuembo

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Afazeres profissionais impediram-me de estar no Palácio Galveias e, pela mesma razão, apenas ontem, domingo, comecei a ler Xicuembo, de Carlos Gil.
Foi-me enviado de forma célere pela sua editora, Pé de Página.
Encomendei-o no dia seguinte á sua apresentação e 3 dias depois estava nas minhas mãos.
Pelo caminho e porque o servidor estava com «bug» acabei, com toda a naturalidade, (lol…) por fazer não uma mas três encomendas!!!
Situação resolvida de forma competentíssima pela editora!
Autor e editora de parabéns!

Um livro portentoso…
Um escritor brilhante…
Histórias fantásticas…
Terra fabulosa…

A tarde foi passada longe… muito longe daqui…

Lido em voz alta junto da minha Maria que viveu LM e o Bilene intensamente, uma terra que continua a amar com intensidade, onde casou e onde lhe nasceram 2 filhos.

As palavras de Carlos Gil são por si só um hino de amor áquela terra e áquele povo.
Facilmente nos transportam para longe daqui mas, se como aconteceu, tiver a atenção, explicações adicionais, outros pormenores e histórias complementares então, a sessão de leitura torna-se num momento inesquecível, pelo «teletransporte» proporcionado e pelo facto de ter permitido um milagre – não houve televisão!

“Divertimo-nos. E sabem porquê? Porque abençoadamente não havia televisão, essa praga individualizadora que gera autómatos de comportamento e inibe a convivência.”

Não conhecia Mafalala, Xipamanine, Malhangalene, a Polana, o Xai-Xai, Inhamuçua ou mesmo o Bilene…
Não conheço, verdadeiramente…. Mas esta tarde estive lá!

Estas terras são para mim fisicamente desconhecidas poderiam não o ser se, em 1972, o meu pai em vez de ter sido colocado em Mbanza Congo (Angola), tivesse seguido viagem para Quelimane como estava inicialmente previsto.

Continuarei a ler, deliciado, quer o livro quer o seu magnífico Xicuembo (versão 3.0).

Obrigado, Carlos! Um dia destes haverá um autógrafo no teu Xicuembo porque não tenho livrinho…. Se o tivesse serias o Pélé!!