Amor entre ferrolhos
quinta-feira, maio 17, 2007
Amor de lágrimas florida na cruel distância
amor do grito sufocado na garganta estraçalhada
amor do abraço que prolonga a pausa
Quem tão terrível inventou o mel de amor
para entremeá-lo de escarpas de salitre
E cravá-lo de punhais de afastamento?
Quem tão horrendo e tão arrefecido
fez do calor de um beijo a despedida
adeus que roça morte do luar?
Oh!, amor saudade meu silêncio a voz chorada
caleidoscópio de muralhas fantasia
pudesse reduzir o céu a uma gota azul
Ferrolhos de tanto amor amado!
Costa Andrade