Pausa

























Nesta noite luarenta, lenta
de silêncio é a minha alma
a luz que é imensa, cansa
o silêncio é a minha alma!

Nesta noite luarenta, lenta
peço uma trégua: uma légua
sem raciocínios, ígneos
a chapinhar o silêncio d’água!

Nesta noite luarenta, lenta
peço uma pausa: uma causa
para os resquícios da poesia
nos interstícios da minha alma!



Cristóvão Luís Neto