Quando morrer

















Há vezes em que nem é a morte que se teme,
o seu sossego de cinza,
a sua solidão escura,
mas como se morre.

Quando morrer
quero fazê-lo sem rumor algum,
sem ninguém que me chore
ou a quem doa.

E queria a morte uma ave,
nocturna ave
sigilosamente partindo
para outro tempo.

Para morrer, fá-lo-ia
em total silêncio,
severo
e lúcido.



Eduardo White
2 Responses
  1. Todos gostaríamos de morrer assim!

    Abraço


  2. Anónimo Says:

    Triste, bem triste.. mas carregado de beleza.

    Beijos.