Conclusão
domingo, janeiro 23, 2005
Luanda
Para Maluda
E, no entanto, Luanda comove,
Luanda sobressalta
— Mulher que acorda extremunhada
quando menos espera
e desleixada penteia no espelho
maravilhado da baía
restos de sonho
entremeados pelo quotidiano
de longínquos páramos lembrados
pelo capricho de quem não tem dono.
Ruy Cinatti
("Os poemas do itinerário angolano", Cadernos Capricórnio, 1974, Angola/África)