Eu
quarta-feira, janeiro 19, 2005
ngc3603
Dois mistérios repousam em minha mente,
Unidos no episódio de uma vida,
Ela própria um mistério
Em sua origem.
Olho o céu estrelado sobre mim
E Kant me assegura que sou dois:
Fragmento animado de algum astro
E centelha perdida de algum deus.
Quem me fez, decidiu que, além de ser,
Eu tivesse a virtude da razão,
Guardando dentro de mim as leis morais
À espera do dia em que meu corpo
Ficará no planeta de onde é
E a razão voltará para o Infinito.
Luiz Bello