Imagens e palavras de Abril
terça-feira, abril 26, 2005
De Abril, imagens mil.
Amigos, resolvi hoje partilhar convosco as que mais me marcaram... porque são elas que povoam o imaginário, alimentam o sonho e dão força e coragem.
Salgueiro Maia
O homem que ajudou a sonhar o ideal, que o ajudou a planificar, que o construiu a golpes de coragem, coerência e audácia...
Aquele que na voragem da demagogia sempre se manteve sereno e coerente, recusando todas as honrarias que outros procuraram e conseguiram, esforçada e imerecidamente.
Simbolo maior do que todos sonhamos naquela madrugada.
Francisco Sousa Tavares
Coragem e coerência na luta pela Liberdade. Não receou nunca dizer o que pensava, mesmo quando o passaram, muitas vezes a apelidar de reaccionário. Foi exemplo de coragem no dia 25 de Abril, na direcção de «A Capital» e em tantos outros momentos. Aprendi a respeitar mesmo não concordando. Um vulto incontornável e um exemplo.
Nós, o povo
Que cedo largamos o torpor de um sono de 48 anos para vivermos e sonharmos, mesmo que fugazmente fosse, o inebriante sabor da Liberdade.
Que vimos Salgueiro Maia arriscar-se em nosso nome, que vimos Sousa Tavares incitar-nos... não ficámos em casa...
Fomos os grandes vencedores!
Quem sabe se não tivessemos saído á rua, os pretores da «Brigada do Reumático» que assumiu o poder das mãos dos Capitães, não teriam alterado o rumo dos acontecimentos!
Fomos nós que impedimos a confrontação por demonstrarmos de forma cabal a adesão.
Saímos, lutámos e vencemos.
Unidos.
A Rapariga do País de Abril
Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo aberto no teu corpo.
E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.
Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.
Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão puro: algarves de ternura.
Quando vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril.
Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publicações Dom Quixote
Esta homenagem e partilha dedico-a por inteiro a amigos(as), paladinos e amantes da Liberdade como eu.
Á IO, ao Pululu, ao João Tunes, á Margem, ao António, ao jpt, á Brigida, á Laurindinha, ao Mussele, ... e a tantos, tantos amigos que me têm honrado com a sua visita e que agora, nesta hora, tão injustamente não lembro... mesmo para aqueles que tendo opinião diversa por aqui passam e que deixam o rasto da sua simpatia e opinião só permitida por essa gesta colectiva que iniciámos, com todas as virtudes e erros naquela madrugada.
Amigos, resolvi hoje partilhar convosco as que mais me marcaram... porque são elas que povoam o imaginário, alimentam o sonho e dão força e coragem.
Salgueiro Maia
O homem que ajudou a sonhar o ideal, que o ajudou a planificar, que o construiu a golpes de coragem, coerência e audácia...
Aquele que na voragem da demagogia sempre se manteve sereno e coerente, recusando todas as honrarias que outros procuraram e conseguiram, esforçada e imerecidamente.
Simbolo maior do que todos sonhamos naquela madrugada.
Francisco Sousa Tavares
Coragem e coerência na luta pela Liberdade. Não receou nunca dizer o que pensava, mesmo quando o passaram, muitas vezes a apelidar de reaccionário. Foi exemplo de coragem no dia 25 de Abril, na direcção de «A Capital» e em tantos outros momentos. Aprendi a respeitar mesmo não concordando. Um vulto incontornável e um exemplo.
Nós, o povo
Que cedo largamos o torpor de um sono de 48 anos para vivermos e sonharmos, mesmo que fugazmente fosse, o inebriante sabor da Liberdade.
Que vimos Salgueiro Maia arriscar-se em nosso nome, que vimos Sousa Tavares incitar-nos... não ficámos em casa...
Fomos os grandes vencedores!
Quem sabe se não tivessemos saído á rua, os pretores da «Brigada do Reumático» que assumiu o poder das mãos dos Capitães, não teriam alterado o rumo dos acontecimentos!
Fomos nós que impedimos a confrontação por demonstrarmos de forma cabal a adesão.
Saímos, lutámos e vencemos.
Unidos.
A Rapariga do País de Abril
Habito o sol dentro de ti
descubro a terra aprendo o mar
rio acima rio abaixo vou remando
por esse Tejo aberto no teu corpo.
E sou metade camponês metade marinheiro
apascento meus sonhos iço as velas
sobre o teu corpo que de certo modo
é um país marítimo com árvores no meio.
Tu és meu vinho. Tu és meu pão.
Guitarra e fruta. Melodia.
A mesma melodia destas noites
enlouquecidas pela brisa no País de Abril.
E eu procurava-te nas pontes da tristeza
cantava adivinhando-te cantava
quando o País de Abril se vestia de ti
e eu perguntava atónito quem eras.
Por ti cheguei ao longe aqui tão perto
e vi um chão puro: algarves de ternura.
Quando vieste tudo ficou certo
e achei achando-te o País de Abril.
Manuel Alegre
30 Anos de Poesia
Publicações Dom Quixote
Esta homenagem e partilha dedico-a por inteiro a amigos(as), paladinos e amantes da Liberdade como eu.
Á IO, ao Pululu, ao João Tunes, á Margem, ao António, ao jpt, á Brigida, á Laurindinha, ao Mussele, ... e a tantos, tantos amigos que me têm honrado com a sua visita e que agora, nesta hora, tão injustamente não lembro... mesmo para aqueles que tendo opinião diversa por aqui passam e que deixam o rasto da sua simpatia e opinião só permitida por essa gesta colectiva que iniciámos, com todas as virtudes e erros naquela madrugada.
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25 de Abril de 1974,
Francisco Sousa Tavares,
Manuel Alegre,
Poesia,
Política,
Portugal,
Salgueiro Maia
Obrigado por este Apontamento. Um grande kandando neste Abril que começa a ser molhado... Abril águas mil, não é o que o adágio diz? Só espero que logo à noite não o seja...
Eugénio Costa Almeida (5.04.2006)