Um nome
domingo, fevereiro 13, 2005
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Plantei um nome entre as sementes raras
Que germinam na seiva do meu canto
E tu nasceste, como nascem as rosas,
Já sabendo quem são e a quem destinam
A ventura de amá-las e colhê-las.
Aspirei os odores que anunciam
O destino de amores que amanhecem
Na alegria das pétalas que se abrem.
Falei teu nome quase num murmúrio
E a brisa o trouxe, muito suavemente,
Como um segredo apenas revelado,
De volta ao sonhador que o semeara
Na esperança de um dia receber
Tudo o que não me dás, mas eu mereço.
Luiz Bello