Por entre as margens da esperança
segunda-feira, julho 30, 2007
por entre as margens da esperança e da morte
meteste a tua mão
e
eu vi alongados nas águas
os dedos que me agarram
em lagoa de um sonho
corpo de jacaré
é soturna jangada de palavras secas
por entre as margens da esperança e da morte
a sul do sonho
a norte da esperança
a minha pátria
é um órfão
baloiçando de muletas
ao tambor das bombas
a sul do sonho
a norte da esperança
Arlindo Barbeitos