Rapariga
























Cresce comigo o boi com que me vão trocar
Amarram-me já às costas, a tábua Eylekessa
Filha de Tembo
organizo o milho

Trago nas pernas as pulseiras pesadas
Dos dias que passaram...
Sou do clã do boi -

Dos meus ancestrais ficou-me a paciência
O sono profundo do deserto
a falta de limite...

Da mistura do boi e da árvore
a efervescência
o desejo
a intranquilidade
a proximidade
do mar
Filha de Huco
Com a sua primeira esposa
Uma vaca sagrada
concedeu-me
favor das suas tetas úberes.




Ana Paula Ribeiro Tavares
2 Responses
  1. Koluki Says:

    Amigo Cacusso,

    Gostaria de esclarecer que este poema nao e' de minha autoria, mas sim da Ana Paula Tavares...
    No meu blog, atraves do link que la tenho a UEA, podera encontrar alguns dos meus poemas (publicados ha mais de 20 anos).

    Um abraco,

    Ana Santana.


  2. Cacusso Says:

    Amiga Koluki

    Penitencio-me por este lamentável equívoco.
    Irei efectuar imediata correcção e, naturalmente, peço desculpa quer á Ana Paula Tavares, quer á Ana Santana, grandes nomes da poesia angolana e da língua portuguesa.