Poemas ao sol
sexta-feira, outubro 24, 2008
Poema II
O sol da minha terra
o seu tamanho
entra em todos os olhos
mesmo nas fundas cacimbas sem futuro
é a única oferta
O sol da minha terra
o seu calor
arde em todos os peitos
aquele fogo lento das massuíkas
é o único alimento
O sol da minha terra
acende em todas as coisas
as cores do céu folhas musseque
é a única pureza.
O sol da minha terra
por vezes é também
um relâmpago ao meio dia
e queima as sombras dos homens.
O sol da minha terra!
O sol da minha terra!
Arnaldo Santos