Os 2 primeiros poemas da Impaciência
terça-feira, setembro 06, 2005
I
Tatuagens de lua
no corpo quente
da terra-mãe
e assim nua nua
no leito vermelho
virginal ainda
ela espera a semente
que tarda a chegar
que tarda a chegar
II
Que venham
mas não de braços cruzados
aqui amigos
o sexo vermelho da terra
lateja de febre e de cio
é preciso saciá-lo
e depressa
que venham
sim que venham
mas repito não de braços cruzados
aqui amigos
aqui
a terra fenece
na fome de arados
que tardam em chegar
que tardam a chegar
ah! que tardam tanto a chegar
Rui Nogar