Poética
sábado, março 04, 2006
Não sei palavras dúbias. Meu sermão
Chama ao lobo verdugo e ao cordeiro irmão.
Com duas mãos fraternas, cumplicio
A ilha prometida à proa do navio.
A posse é-me aventura sem sentido.
Só compreendo o pão se dividido.
Não brinco de juiz, não me disfarço em réu.
Aceito meu inferno, mas falo do meu céu.
José Paulo Paes
in "Um por todos"
Se cacusso é nome de peixe (bem saboroso) de rio em Angola, porquê a figura de um chimpanzé?