Angola
terça-feira, agosto 16, 2005
Não nasci do teu ventre
mas amei-te em cada Primavera
Com a exuberância de semente...
Não nasci do teu ventre
mas foi em ti que sepultei
as minhas saudades
e sofri as tempestades
de flor transplantada
prematuramente...
Não nasci do teu ventre
mas bebi o teu sortilégio
em noites de poesia
transparente...
Não nasci do teu ventre
mas foi á tua sombra
que fecundei rebentos novos
e abri os braços
para um destino transcendente...
Angola,
não serás a terra do meu berço
mas és a terra do meu ventre!
Amélia Veiga
Poemas