Ainda e sempre Eduardo dos Santos

Mussele, e o Bazonga da Kilumba, têm toda a razão na análise que é feita em A Besta e o Monstro e, acima de tudo, quanto aos receios que o futuro inspira.
Os monstrinhos a que alude são tão ou mais perigosos que Dos Santos.
Se agora apenas O monstro determina quais os monstrinhos e quando são autorizados a «banquetear-se», no dia em que desaparecer, a luta para ocupar o seu lugar poderá dar origem a mais um banho de sangue.
Como sempre, desde há largas décadas, o sofredor será aquele povo anónimo que vegeta nos subúrbios, das ruas da terra vermelha. Não serão aqueles que vivem na cidade de asfalto a sofrer. Será o povo que foi armado para defender a pele dO monstro. Será o mesmo povo que é reprimido assim que corre qualquer boato a respeito de qualquer descontentamento. O monstro terá guarida, como todos os ditadores endinheirados, pragmáticamente, em Portugal onde gozarão o exílio dourado.
Manter-se-á no poder enquanto não aborrecer demasiado, não roubar mais que a conta ou exigir aos arautos da democracia em Washington uma maior fatia do orçamento. No dia em que a sua ambição o trair cairá.
Espantosa de coragem e serenidade, porque pouco abordada, mas verdadeira... é a alusão que Mussele faz á política brasileira em Angola. O monstro, «os monstrinhos», a política externa brasileira e algumas empresas brasileiras estão a fazer de Angola uma coutada particular e são inteiramente responsáveis por alguns dos maiores «elefantes brancos» da economia angolana.
Déjà vu!!!
Infelizmente, uma vez mais, para o soberbo e infeliz povo angolano, que não merecia ter nem estes nem outros escroques a governarem-no!
Que tenham a sensatez de pensar que Portugal aguentou escroques da mesma jaez durante 48 anos e viu-os serem substituídos por outros!
A única diferença é o penico porque o conteúdo é o mesmo!
Que Angola não siga o mesmo modelo.
Que Angola consiga, por si, encontrar o modelo e o modo de tornar o seu povo próspero e feliz.
Que Angola, então, se vire para fora, se imponha no mundo pela paz e pelo progresso, mostrando que é possível, antes de «engordar barrigudos», fazer a sua própria riqueza.
É esta Angola que me formou e abriu horizontes que todos os angolanos desejam, seguramente!
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